ESG na construção civil: entenda os benefícios de investir nessa iniciativa
É provável que você já tenha ouvido falar no termo ESG, uma das tendências da construção civil, e com certeza vai gostar de conhecer os benefícios ligados às suas práticas.
Para ajudar você a compreender a importância de seguir o ESG e ter fornecedores que também sigam essas diretrizes, vamos explicar o que essa abreviação significa e por que tem conquistado tanto destaque.
Aqui você entenderá as vantagens de aplicá-lo na construção com exemplos práticos e instruções de como sua construtora pode acompanhar essa demanda. Confira!
O que é ESG?
ESG é uma sigla que vem do inglês environmental, social and governance. Em português, é traduzida como ASG (ambiental, social e governança). Esse termo diz respeito às iniciativas de empresas ligadas a esse tripé.
A primeira vez que a sigla foi citada foi em um relatório do Pacto Global da ONU, em parceria com o Banco Mundial, do ano de 2005, chamado “Who Cares Win” (“Ganha quem se importa”).
O termo surgiu depois que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, fez um questionamento a 50 CEOs de grandes instituições financeiras sobre a integração de fatores ESG ao mercado de capitais.
A UNEP-FI, parceira entre o setor financeiro e o programa da ONU para o meio ambiente, havia lançado o relatório “Freshfield”, que apontava a demanda de integração de critérios ligados ao ambiental, social e governança para avaliação financeira.
Agora que você conhece a composição da sigla ESG, entenda o impacto de cada pilar desse termo.
Environmental
A expressão environmental, que em português significa ambiental, diz respeito às práticas que contribuem para minimizar os impactos das atividades de uma empresa sobre o meio ambiente. Entre os temas envolvidos estão a biodiversidade, a escassez de água, o desmatamento e a emissão de carbono.
Social
Já o quesito social está relacionado a pontos como o respeito aos direitos trabalhistas, a satisfação dos clientes, a proteção de dados e a privacidade, bem como pode ser atribuído a temas como a diversidade da equipe e o engajamento de funcionários.
Governance
Por fim, a expressão governance, que significa governança, tem a ver com tópicos a exemplo da existência de um canal de denúncias, do combate à corrupção, da remuneração dos executivos e da composição do conselho.
ESG: entenda por que vem ganhando tanto destaque
Nos últimos anos, os holofotes do mercado financeiro têm se voltado cada vez mais para temas ambientais, sociais e de governança.
De acordo com a Bloomberg, os fundos que aplicam iniciativas relacionadas ao ESG expandiram os seus ativos em 32% no ano de 2020, e, com a crise sanitária causada pela pandemia de covid-19, essa tendência se fortaleceu.
Os especialistas avaliam que o cenário pandêmico deu destaque principalmente às pautas sociais e ligadas à saúde dos trabalhadores.
Além disso, o ESG é importante para as empresas que buscam investidores e desejam construir uma imagem positiva frente aos clientes; contudo, é preciso desenvolver um planejamento para colocar os critérios ESG em prática.
Uma curiosidade sobre o tema: a Bloomberg aponta que o montante mundial de investimentos ligados ao ESG deve alcançar US$ 53 trilhões em 2025. Essa quantia corresponde a um terço dos ativos de investimentos.
Quais são os benefícios de adotar o ESG na construção civil?
As empresas do mercado de construção civil também precisam ajustar suas práticas a esse tema por conta da importância que existem acerca dos critérios ESG.
O direcionamento adequado das empresas desse segmento pode contribuir para:
- minimizar os impactos ao meio ambiente
- beneficiar as comunidades
- avançar em boas práticas de governança
- obter vantagens econômicas
- conquistar mais investimentos
- trazer uma imagem positiva frente ao público
Como aplicar o ESG na construção civil?
Separamos adiante alguns exemplos que podem ser praticados nas empresas do ramo civil.
1. Redução da emissão de carbono
Para reduzir a emissão de carbono, é interessante levar em conta o que é produzido durante a construção e ao longo dos anos de uso.
Devem ser priorizados materiais com menos processamento e que sejam mais facilmente assimilados ao ambiente, a exemplo de:
- madeira
- areia
- bambu
- uso de energia renovável
- captação de água da chuva
Nesse sentido, podemos citar a incorporadora e construtora Mitre Realty, que contratou a WayCarbon, empresa especializada em serviços e produtos focados na transição para a economia de baixo carbono, a fim de elaborar e implementar um projeto de ESG.
2. Gestão adequada de resíduos
Com esse segmento é importante a implementação dos 3Rs:
- reduzir
- reutilizar
- reciclar
Pode ser realizado um mapeamento de todos os recursos que serão usados na empresa a fim de analisar a possibilidade de otimizar o gasto de materiais e diminuir os desperdícios.
3. Promoção da diversidade da equipe
Esse é mais um ponto que pode ser aprimorado nas empresas do segmento da construção.
Um exemplo foi aplicado pela MMF Projetos, que conta com um quadro de funcionários 50% composto de mulheres. De outro modo, o time feminino de engenharia corresponde a 80% do total.
4. Independência do Conselho de Administração
Neste tópico vemos o que é importante para a geração de valor das corporações.
Uma pesquisa feita pela consultoria organizacional Korn Ferry aponta que a participação de membros independentes em conselhos de empresas brasileiras subiu de 39% para 60% de 2014 a 2020.
Nesse contexto, questões como diversidade de gênero, de idade e de experiências em um conselho podem ajudar a tornar as trocas mais valiosas. É fundamental alinhar a composição do Conselho com os objetivos da empresa para se aproximar dos diferentes públicos.
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Então, gostou de conhecer mais sobre a ESG? Em nosso blog você encontra assuntos como esse e muitos mais.