Construção modular: saiba como o método tem crescido no mercado mundial
Como já se sabe, a construção modular é um modelo altamente interessante para o setor civil. Ela utiliza processos industriais para construir, fora do canteiro de obras, empreendimentos a partir de módulos pré-fabricados.
Esse método não é tão novo assim. Contudo, vem ganhando um destaque significativo nos últimos anos no mercado imobiliário, sobretudo no Brasil. Aliás, ele promete transformar tudo o que já conhecemos sobre inovação, tecnologia e consciência ambiental dentro da construção civil.
Por isso, veja, neste artigo, o que esperar da construção modular para os próximos anos e quais serão as principais tendências. Vamos lá?
Construção modular: uma tendência que veio pra ficar
A construção modular veio para ficar, mas essa tendência envolve muito mais do que a implementação de métodos rápidos de construção. Ela se relaciona aos conceitos de sustentabilidade, inovação, tecnologia e modernidade.
De acordo com relatório da Terracotta Ventures, os investimentos em empresas de construção modular têm sido cada vez mais crescentes. Só para se ter uma ideia, desde 2010 a movimentação financeira foi superior a US$ 2,2 bilhões.
Outro estudo da Terracotta mostra que a construção modular pode ser 20% a 50% mais rápida do que os métodos tradicionais, que levam de 4 a 5 anos para finalizar uma obra. Além disso, atrasos podem significar um déficit de 80% no orçamento, segundo report sobre a construção modular no Brasil, divulgado no fim de 2020.
Países como Brasil, Japão e China estão em plena expansão quando se trata de crescimento nesse segmento. A estimativa até 2025 é de que esse crescimento seja de 5,75% por ano.
Vale salientar que os benefícios trazidos pela construção modular são:
- velocidade de construção, com uma redução de até 50% no prazo de entrega;
- menos desperdícios de materiais;
- redução dos riscos de acidente de trabalho;
- economia e custo-benefício;
- menos despesas com manutenção e operação;
- maior produtividade quando comparado com métodos tradicionais de construção;
- controle dos custos de produção por causa da padronização;
- impactos positivos na população e no meio ambiente.
O que esperar das construções modulares nos próximos anos?
A construção civil tem investido em novas práticas para tornar as construções ainda mais seguras, ágeis e eficientes. A cada ano que passa, é possível agregar novas técnicas e processos para otimizar a produção e as entregas. Confira, a seguir, o que tem de mais moderno nesse segmento.
Novos materiais de construção
Como você já viu, a velocidade de entrega é 30% mais rápida do que nas construções convencionais. Isso porque os módulos são pré-fabricados, padronizados e enviados ao canteiro de obras apenas para serem montados.
Esse método permite a utilização de outros tipos de materiais mais sustentáveis e limpos, que garantem a manutenção do meio ambiente, sem que isso comprometa a obra.
Módulos residenciais sob demanda
Atualmente há uma crescente demanda por habitações mais acessíveis, assistência médica e industriais comerciais. Isso significa que o mercado modular irá experimentar um boom de crescimento nos próximos anos.
Os módulos pré-fabricados permitem construções mais econômicas e rápidas, o que pode aliviar os problemas das grandes cidades no quesito habitação e preços acessíveis. Por exemplo, no período de pandemia, foi possível assistir a uma crescente demanda por hospitais de campanha ao redor do mundo, em um curto espaço de tempo.
Sem dúvida, a construção modular também terá um impacto significativo no meio ambiente e representa o início de uma nova mentalidade, que se refletirá no futuro.
Maior possibilidade de personalização
A personalização é uma das principais características da construção modular. Ela permite que os módulos sejam desenvolvidos de acordo com os gostos e necessidades do cliente, sem deixar de lado aspectos importantes, como conforto e bem-estar.
Crescimento das práticas ESG
A indústria da construção civil é responsável pela geração de uma grande quantidade de lixo nas obras. O Brasil, por exemplo, só consegue dar conta de 21% desse entulho que é produzido.
Por isso, é importante adotar novos métodos e práticas ambientais, que possam reduzir os impactos da construção na natureza.
De acordo com a pesquisa da Terracotta Ventures, a construção modular impacta diretamente a diminuição dos desperdícios de materiais e produção de lixo e entulho na obra. Esse método pode diminuir o desperdício em 1,8%.
As práticas sustentáveis dentro das empresas estão diretamente ligadas ao conceito de ESG, um guia de investimento em ações sociais, ambientais e de governança. Segundo o Fórum pelo Investimento Sustentável e Responsável (SIF), entre os anos de 2010 e 2018, os investimentos em boas práticas cresceram de US$ 3 trilhões para US$ 12 trilhões nos EUA.
Ou seja, empresas que querem ter um novo comportamento podem utilizar a construção modular como uma alternativa viável.
Uso de softwares
A tecnologia é, certamente, a base para o desenvolvimento da construção modular. Por meio de softwares voltados para a construção civil, é possível ter uma previsibilidade dos custos de uma obra, uma previsão da sua duração, bem como definir a quantidade de materiais utilizados.
Além disso, por meio das tecnologias mais modernas, como a realidade aumentada, pode-se ter uma ideia da área onde os módulos serão construídos. Também é possível pensar na disposição dos elementos da planta no canteiro de obras e utilizar sistemas capazes de entregar soluções para a construção.
Construtech/Proptechs
Esses termos se referem a novidades tecnológicas dentro da construção civil. Eles se relacionam com o mercado imobiliário e soluções tecnológicas que possam transformar e modernizar o setor, tendo como foco principal a produtividade, a economia e a eficiência dos recursos.
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